quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 3º ANO ENSINO MÉDIO


 E interessante os alunos saberem logo no início do ano qual conteúdo será abordado ao longo do ano letivo. Então segue abaixo o conteúdo do 2º ano Ensino Médio...Boa leitura....
BIMESTRE I - CONTEÚDO
1. LINGUAGEM
*Níveis de linguagem
*Linguagem verbal e não-verbal
*Elementos da comunicação
*Funções da comunicação.
*Conotação e denotação.
*Figuras de linguagem
2. EMPREGO DE CLASSES GRAMATICAIS I
*Pronome
*Preposição
*Verbo
3. RELAÇÕES MORFOSSINTÁTICAS
*Funções sintáticas
4. ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS
COMPETÊNCIAS
1. Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
2. Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização de mundo e da própria identidade.
3. Compreender os mecanismos sintáticos de construção da oração, do período e do texto, não só na produção como na recepção de textos.
4. Analisar os recursos expressivos da linguagem estilística.
HABILIDADES
1. Reconhecer a competência comunicativa do usuário da língua como a capacidade deste de empregar adequadamente a língua nas diversas situações de comunicação.
2. Relacionar informações verbais e não-verbais implícitas ou explícitas no texto.
2.Reconhecer os sentidos produzidos por aspectos não-verbais do texto.
3.Identificar os elementos da comunicação.
4. Reconhecer o emprego adequado de itens lexicais, considerando os diferentes níveis de linguagem.
5. Identificar as variantes lingüísticas e suas marcas representativas.
6. Empregar adequadamente as palavras quanto ao nível de (in)formalidade do texto.
7. Identificar a função da linguagem predominante em textos e/ou fragmentos de textos.
8. Identificar figuras de linguagem, explicitando o seu sentido
9. Identificar as palavras quanto à classe morfológica em diferentes estruturas sintáticas.
10. Verificar por meio de questões propostas o papel das classes de palavras na construção do sentido do texto.
11. Analisar, do ponto de vista semântico-discursivo, certos aspectos que envolvem as classes gramaticais.
12. Proceder a escolhas lexicais adequadas à proposta de textos.
13.Pontuar enunciados de acordo com as normas da linguagem culta.
14. Identificar o período simples e o composto.
15. Identificar relações lógico-semânticas e sintáticas entre idéias no texto e os recursos lingüísticos usados em função dessas relações.
16. Identificar as funções sintáticas desempenhadas pelas classes gramaticais na oração.
BIMESTRE II - CONTEÚDO
1. EMPREGO DE CLASSES GRAMATICAIS II
*Conjunção
2. PONTUAÇÃO
3. ESTRUTURA DO PERÍODO COMPOSTO
4. FUNÇÕES DO QUE E DO SE
COMPETÊNCIAS
1. Compreender que o ritmo apressado do cotidiano das grandes cidades transforma a comunicação: economia e agilidade são marcas da linguagem nos dias atuais.
2.Conhecer enunciados estruturados em função das intenções comunicativas do texto.
3. Perceber a importância da pontuação como expediente na estrutura sintático-semântica do texto.
4. Analisar os recursos expressivos da linguagem estilística.
HABILIDADES
1. Analisar, do ponto de vista semântico-discursivo, certos aspectos que envolvem as classes gramaticais.
2. Proceder a escolhas lexicais adequadas à proposta de textos.
3. Identificar relações lógico-semânticas e sintáticas entre idéias no texto e os recursos lingüísticos usados em função dessas relações.
4.Pontuar adequadamente, segundo os padrões da norma culta.
5.Reconhecer enunciados estruturados segundo a norma culta.
6.Empregar adequadamente as palavras, segundo o valor semântico que expressam no texto.
7.Escrever as palavras de acordo com as regras de ortografia, considerando o valor semântico delas.
8.Estruturar sintagmas oracionais segundo a sintaxe de concordância nominal e verbal..
9.Identificar as estruturas do período composto.
10.Identificar as funções do Que e do Se.
BIMESTRE III  -  CONTEÚDO
1. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
2. CRASE
3. COLOCAÇÃO PRONOMINAL
4. CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
5. RELAÇÕES SINTÁTICO-SEMÂNTICAS
6. RELAÇÕES SEMÂNTICO-DISCURSIVAS
COMPETÊNCIAS
1. Saber os sentidos das palavras e de seus elementos significativos.
2. Identificar relações entre idéias no texto e os recursos coesivos usados em função dessas relações.
3. Analisar e justificar os efeitos de sentido de uma concordância nominal e verbal no texto.
HABILIDADES
1.Estruturar sintagmas oracionais segundo a sintaxe de regência verbal e nominal.
2.Empregar adequadamente o acento grave.
3. Identificar o acento grave como o indicador da crase.
4.Reconhecer enunciados estruturados segundo a norma culta.
5. Identificar recursos que estabelecem a coesão no texto.
6.Justificar as escolhas lexicais à luz tanto da coesão textual, como da modalidade da língua, como da variante lingüística, como ainda das intenções do autor.
7. Reconhecer os tipos de colocação pronominal, empregando adequadamente os pronomes oblíquos em estruturas oracionais.
9.Estruturar sintagmas oracionais segundo a sintaxe de concordância verbal.
10.Identificar relações sintático-semânticas entre idéias no texto e os recursos lingüísticos usados em função dessas relações.
BIMESTRE IV - CONTEÚDO
1. REVISÃO GERAL
COMPETÊNCIAS
1. Conhecer a competência comunicativa do usuário da língua como a capacidade deste de empregar adequadamente a língua nas diversas situações de comunicação.
HABILIDADES
1. Empregar adequadamente as regras da língua padrão culta

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2º ANO ENSINO MÉDIO


         E interessante os alunos saberem logo no início do ano qual conteúdo será abordado ao longo do ano letivo. Então segue abaixo o conteúdo do 2º ano Ensino Médio...Boa leitura....
CONTEÚDO
I.MORFOSSINTAXE I
1.Frase
2.Oração
3.Período
4.Análise do período simples
5.Pontuação do período simples
COMPETÊNCIAS
1. Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização e estrutura das manifestações.
2. Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização de mundo e da própria identidade.
3. Conhecer e empregar os morfemas gramaticais da língua portuguesa como mecanismo de produtividade do discurso.
4. Reconhecer enunciados estruturados em função dos gêneros e das intenções discursivas do texto.
5. Compreender os mecanismos sintáticos de construção da oração, do período e do texto, não só na produção como na recepção de texto.
6. Reconhecer/utilizar a pontuação como recurso sintático e estilístico na produção de texto.
HABILIDADES
1. Identificar as palavras quanto à classe morfológica em diferentes estruturas sintáticas.
2. Verificar por meio de questões propostas o papel das classes de palavras na construção do sentido do texto.
3. Analisar, do ponto de vista semântico-discursivo, certos aspectos que envolvem as classes gramaticais.
4. Proceder a escolhas lexicais adequadas à proposta de textos.
5. Identificar recursos que estabelecem a coesão no texto.
6. Justificar as escolhas lexicais à luz tanto da coesão textual, como da modalidade da língua, como da variante lingüística, como ainda das intenções do autor.
7. Identificar/explicitar mudanças de sentido ocasionadas pela inversão da ordem das palavras no enunciado.
8.Reconhecer enunciados estruturados segundo a norma culta.
9. Identificar efeitos comunicativos (realce do sujeito ou do objeto da voz ativa, ocultamento do sujeito da voz ativa) ocasionados por enunciados expressos na voz ativa ou passiva.
10.Identificar enunciados fragmentados em função das intenções comunicativas.
11.Empregar adequadamente os sinais de pontuação, considerando a intencionalidade discursiva.
BIMESTRE II
CONTEÚDO
I.MORFOSSINTAXE II
1.Frase
2.Oração
3.Período
4.Análise do período simples
5.Pontuação do período simples
COMPETÊNCIAS
1. Reconhecer enunciados estruturados em função dos gêneros e das intenções discursivas do texto.
2. Compreender os mecanismos sintáticos de construção da oração, do período e do texto, não só na produção como na recepção de texto.
3. Reconhecer/utilizar a pontuação como recurso sintático e estilístico na produção de texto.
4. Compreender a real função dos termos da oração na (des)construção do texto.
HABILIDADES
1. Reconhecer enunciados estruturados segundo a norma culta.
2. Pontuar adequadamente o período composto por coordenação.
3. Identificar as palavras quanto à função mofossintática em diferentes estruturas sintáticas.
4.Estruturar sintagmas oracionais segundo a sintaxe do português.
5.Empregar adequadamente os sinais de pontuação, considerando a intencionalidade discursiva.
BIMESTRE III
CONTEÚDO
I. MORFOSSINTAXE III
1.Concordância Nominal
2.Concordância Verbal
COMPETÊNCIAS
1. Conhecer enunciados estruturados em função das intenções comunicativas do texto.
2. Identificar relações entre idéias no texto e os recursos coesivos usados em função dessas relações.
3. Analisar e justificar os efeitos de sentido de uma concordância nominal e verbal.
HABILIDADES
1.Reconhecer enunciados estruturados segundo a norma culta.
2.Estruturar sintagmas oracionais segundo a sintaxe de concordância nominal e verbal.
BIMESTRE IV
CONTEÚDO
I. MORFOSSINTAXE IV
1.Regência Nominal
2.Regência Verbal
3.Crase
COMPETÊNCIAS
1. Reconhecer a constituição da oração, do período, do parágrafo e do texto segundo as intenções do autor, não apenas quanto à hierarquia dos constituintes, como também à ausência desses no texto.
2. Identificar relações sintático-semânticas entre idéias no texto e os recursos lingüísticos usados em função dessas relações.
2. Analisar e justificar os efeitos de sentido de uma regência nominal e verbal.
HABILIDADES
1.Reconhecer os fenômenos semântico-pragmáticos em textos.
2. Analisar, do ponto de vista semântico-discursivo, certos aspectos que envolvem a construção do texto.
3. Proceder a escolhas lexicais adequadas à proposta de textos.
4. Identificar recursos que estabelecem a coesão no texto.
5. Justificar as escolhas lexicais à luz tanto da coesão textual, como da modalidade da língua, como da variante lingüística, como ainda das intenções do autor.
6.Estruturar sintagmas oracionais segundo a sintaxe de regência nominal e verbal.
7. Empregar adequadamente o acento indicativo da crase.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

TEXTO TEATRAL - Fantasma Camarada (Original Hellen Louise Miller)


PAI (ao telefone): - Mas se eu já lhe disse mil vezes que temos procurando casa sim. Parece que não existem casas para alugar ou vende nessa cidade. (Pausa) Já sei que a lei lhe faculta como proprietário, o direito de ocupar a casa em seis meses. Mas o que posso fazer? Seja razoável. Se ao menos você nos vendesse a casa. (Pausa) Está bem, está bem. Já sei que falamos nesse assunto, mas às vezes mesmo um homem tão decidido como você pode mudar de idéia. Escute Souza porque você não passa aqui logo mais para conversarmos pessoalmente? (Pausa) Então está resolvido. Estaremos a sua espera. (Pausa) Sim, creio que veremos sua filha antes disso. Até logo, o Sr é um homem muito bondoso. (Desliga) Velho safado com tantas casas tem que tomar logo a nossa?
ROBERTO (entrando) – olá papai, que tal? Estou irreconhecível?
PAI (olhando de cima a baixo)-Sinceramente eu não te conheço. Pra que uma roupa tão... Extravagante?
ROBERTO - Eu e Margô vamos a um baile de mascaras. Ela vai trazer minha fantasia logo mais.
PAI- Ela virá com certeza com o pai dela. Aquele mão de vaca insisti que nos mudemos logo expirar o prazo.
ROBERTO- Não sei como aquele velho ranzinza conseguiu ter uma filha tão boazinha como a Margarida. E por que não vende logo esse “barraco”, e acaba duma vez com toda essa história?
PAI- Não adianta discutir comigo. A culpa é
Lucas (Entra interrompendo a cena)- De Gerciane.
PAI- Também. Mas você ta na peça errada viu (empurra ele para fora) Cai fora que aqui é sério.
ROBERTO- O que ia dizendo papai?
PAI- Que a culpa é do Souza. Você imaginou o trabalho que teremos para mudar daqui com todo esse lixo? Mesmo se conseguirmos a casa por milagre?
ROBERTO- Sim, se mamãe continuar ganhando todos os concursos do rádio e da TV teremos que nos mudar para um museu.
PAI- Aqui já é um. Daria para ter uma aula de história por aqui. Do meu lado esquerdo é possível ver o primeiro armário do mundo.
ROBERTO- E este armário?
PAI- Sua mãe comprou ontem.
ROBERTO- Comprou? (olhando para o armário) Parece mais a caixa de papelão de uma geladeira. Quanto ela gastou nisso?
PAI- Sinceramente nem sei nem quero saber. Será que essa habilidade dela poderia ser revertida para ganhar uma casa?
ROBERTO- Eu me contentaria com um reboque. Mas onde está a minha mãezinha? Gostaria que ela chegasse logo. Tá na hora do rango velho.
PAI (irritado) – Do que você me chamou, seu moleque eu vou te matar. (Pula para cima do filho o esganando enquanto a senhora MEIRELLES entra bonita e energética)
MÃE- Jorge larga ele, isso são as novas gírias do momento.
PAI- Também ele não explica direito.
MÃE- Agüentem um pouco porque a comida está quase pronta.
ROBERTO- O que vai ser?
MÃE- Miojo.
ROBERTO (cara de nojo)- Era melhor ter ficado calado. Bem mamãe chegou uma carta pra senhora.
(ROBERTO entrega a carta para MÃE que grita sem parar)
PAI- Porque isso tudo.
Mãe- Estão tentando se diverti as minhas custas. Leia a carta.
(senhora MEIRELLES passa carta ao pai)
PAI- Nós da Sociedade Sobrenatural Americana temos o prazer de informar que a sua redação “porque não acredito em fantasmas” Ganhou o concurso. A senhora ganhará um fantasma.
ROBERTO- Essa agora. No meu quarto ele não dorme.(PAI bate com o jornal na cabeça do filho) Ai!
PAI- Isso não existe garoto. Agora vamos almoçar sim, porque estou faminto.
MÂE- Pelo menos o seu pai tem juízo Roberto, acreditar em fantasmas. (Ela dá uma tapa na cabeça de ROBERTO)
ROBERTO- Ai!
MÃE- Sinceramente, você puxou a família do seu pai.
PAI- Pelo menos não é meu irmão que pensa que é um papagaio.
MÃE- Não começa, senão você vai ver como ganhei o campeonato de boxe de setenta e seis. (Mãe dá vários socos no ar.)
PAI- Ok, essa é uma história muito interessante que deveria entrar na aula de ciências da sétima série.
MÃE- Por quê?
PAI- Por que é a aula que todo mundo dorme. (todos acenam positivamente, quando estão saindo) Espere um pouco Emilia. Você vai deixar esse armário ai?
MÃE- É mesmo eu nem tinha reparado. Nós vamos levá-lo para cima depois do almoço.
ROBERTO- Isto significa que este burro de carga vai leva para cima depois do almoço.
MÃE- Esperem um pouco. O armário que eu comprei foi desmontável.
PAI- Podemos guardar nele um monte de trastes para a mudança.
MÃE- Mudança? Aquele velho pão duro do Souza não quer vender essa casa? (Experimenta o armário) Ele é lindo. Vejam como as portas se abrem facilmente. (Abre a porta e aparece o fantasma) (Está vestido com uma capa branca bem grande e uma mascara)
TODOS (gritando alto)- AH!
FANTASMA (Tirando a mascara e a capa) - |Como eu gostava de usar isso. O Drácula morria de medo na reunião dos monstros.
ROBERTO- Dracula?
FANTASMA – Sim ele era casado com uma sobrinha minha. Éramos amigos. (Ele olha para a mãe) Meu nome é Gaspar Zinho. Brincadeira. Chamo-me Espeque. Dona Emilia na se assuste, não preciso explicar minha presença (Mostra a carta e anda carregando uma mala) Vejo que foram avisados da minha presença embora sempre cause esse efeito nas pessoas. (Ele fecha a boca do Pai) Onde poderei deixar minha mala.
PAI (gaguejando) – Você veio para ficar?
FANTASMA – Naturalmente. Mas não se preocupe um sótão para mim já é o bastante.
ROBERTO- Que roupa é essa espeque? Parece enfermeiro.
FANTASMA- É que eu gosto de me vestir assim, é bem legal. Irei para o sótão guardar minha sonoplastia.
MÂE- Sonoplastia?
FANTASMA- Sim, meus efeitos de som, ranger de correntes, uivos e etc. Tenho certeza que nos daremos bem e podemos nos ajudar mutuamente.
PAI- Nos ajudar?
FANTASMA- Espere e verá. Agora Roberto mostre-me o caminho.
(Roberto e Espeque saem da sala, o pai e a mãe se sentam)
PAI- Hum, isso me dá uma idéia.
MÃE- Que idéia?
PAI- Podemos usar Espeque para assustar o Souza, para o Souza vender a casa.
MÃE – O que um fantasma come?
PAI- Não faço idéia.
MÃE- Quando o Souza vai vim?
PAI- A noite, por quê?
MÃE- Isso é teatro, daqui a dez segundos é de noite.
(As luzes apagam e acendem de novo)
PAI- É bem eficaz. (Batida na porta) Eu atendo. (A porta se abre e o senhor Souza entra com sua filha e seu filho) Souza a quanto tempo.
SOUZA – Não sei dois dias.
LUCAS – Tecnicamente, vocês nunca se encontraram nessa peça.
SOUZA- me desculpe esse é meu filho Lucas, ele é mudo.
LUCAS- Olá.
PAI- Tudo bem, que mudo é esse que fala?
SOUZA- É que ele é o mudo com um problema. Ele fala. Bom se lembra da Margarida.
PAI- Oi Margarida.
MARGARIDA- Oi, cadê o Roberto.
PAI- Ele está no banheiro.
MARGARIDA- Eu trouxe a fantasia dele.
ROBERTO- Oi senhor Souza, e Tchau Pai.
PAI- Tchau mocinho e comporte-se.
ROBERTO- Eu prometo que eu não vou me comportar.
( ROBERTO SAI COM MARGARIDA MAIS VOLTA)
MARGARIDA- Papai venda a casa, por favor, e não seja ranzinza.
SOUZA- Também te amo.
(ROBERTO E MARGARIDA SAEM)
PAI- Entre, iremos jantar.
SOUZA- Obrigado, mas vim aqui para dizer que vão se mudar quando expirar o prazo e não mudarei de idéia.
LUCAS- E tenho dito. (O pai o encara furiosamente) Mas sou mudo e vou ficar calado.
(DENISE desce)
DENISE- Oi Lucas não te vejo desde a festa da semana passada. Você cantou demais.
LUCAS- Foi demais, quer dizer se eu tivesse ido e se eu soubesse falar ficaria calado agora.
SOUZA- Acho muito bom.
MÃE- Sinceramente como esse mudo fala?
PAI- Não quer mesmo jantar Souza?
(Souza senta na cadeira)
SOUZA- Não quero jantar. Quero que se mude.
(O filho concorda positivamente)
DENISE- Por que não nos vende essa casa afinal?
SOUZA- Não sei, não achei o resto da peça na web. O mais importante é que não vou vender a casa nem se um fantasma pedisse.
FANTASMA (Bem atrás de SOUZA) – Que interessante, porque vim aqui pedir que o senhor venda a casa.
SOUZA (Gritando e correndo) – Um fantasma socorro! (Ele pega o telefone) É da Policia tem um fantasma aqui. (Pausa) Como assim “ligue para o caça fantasma”?(Pausa) Não o fantasma não cometeu nenhum crime. (Pausa) Não vão prende-lo? (pausa) Passar mal (desligando) A policia brasileira é uma droga. Onde estava?
FANTASMA- Estava correndo e gritando.
SOUZA- Era isso mesmo. Obrigado.
(E sai correndo)
FANTASMA- Esperem um segundo que eu trago o pedido de venda da casa.
( E sai correndo)
PAI- Olha, cada segundo que se passa isso fica mais louco.
(Fantasma volta com papel assinado)
FANTASMA- Jorge ele vendeu a casa, o que temos para jantar.
MÃE- Não preparei nada para você não sei o que um fantasma come.
FANTASMA- Eu como pizza.
MÂE- Pizza faz mal, vai comer verdura. (Fantasma tenta assustar a mãe urrando) Nem venha mocinho, você tomou banho? (Vão saindo) Vá lavar as mãos e escovar esses dentes.
DENISE- É a vida. Cada minuto uma loucura a mais, pai podemos comer pizza?
PAI- Você tem dinheiro pra comprar uma pizza?
LUCAS- Aqui não é todo mundo odeia o Chris, Julius.
PAI- CALADO.
(LUCAS sae com DENISE e o PAI sae logo atrás)
PAI- Essa foi a nossa peça.
(Fecha a porta

TEXTOS NARRATIVOS


          Organizando as atividades para o Ensino Médio, resolvi publicar alguns textos que proponho como leitura em sala de aula.
              Textos específicos para a disciplina de REDAÇÃO - 2ºE.M. para trabalharmos as estrutura narrativa, textos de autores que adoro e que ajudam a despertar a imaginação da turminha para resolver as atividades que serão propostas... Boa leitura!!!! 

O SONHO DOS RATOS   --  Rubem Alves
Era uma vez um bando de ratos que vivia no buraco do soalho de uma velha casa. Havia ratos de todos os tipos, grandes e pequenos, pretos e brancos, velhos e jovens, fortes e fracos, do campo e da cidade. Mas ninguém ligava às diferenças, porque todos estavam irmanados em torno de um sonho comum: Um Queijo Enorme, amarelo, cheiroso, bem pertinho dos seus narizes. Comer o queijo, era a suprema felicidade. Bem pertinho é modo de dizer. Na verdade, o queijo estava muito longe, porque entre ele e os ratos estava um gato. O gato era malvado, tinha os dentes afiados e não dormia nunca. Por vezes, fingia dormir, mas bastava que um ratinho, mais corajoso, se aventurasse para fora do buraco, para que o gato desse um pulo e… era uma vez um ratinho!
Os ratos odiavam o gato. Quanto mais o odiavam mais irmãos se sentiam. O ódio a um inimigo comum tornava-os cúmplices de um mesmo desejo: A Morte do Gato!
Como nada podiam fazer, reuniam-se para conversar. Faziam discursos, denunciavam o comportamento do gato (não se sabe bem para quem…), e chegaram mesmo a escrever livros com crítica filosófica sobre gatos.  Diziam que, um dia chegaria, em que os gatos seriam abolidos e todos seriam iguais.” Quando se estabelecer a ditadura dos ratos”, diziam, “então todos seriam felizes”…
- O queijo é grande o bastante para todos, diziam uns.
- Socializaremos o queijo, diziam outros.
Todos batiam palmas e cantavam as mesmas canções. Era comovente ver tanta fraternidade. Como seria bom quando o gato morresse, sonhavam eles. Nos seus sonhos, comiam o queijo e quanto mais o comiam, mais ele crescia, porque essa era a principal característica dos queijos imaginados… Não diminuem…crescem sempre! E marchavam juntos, rabos entrelaçados, gritando:  "Ao queijo, já!”…
Sem que ninguém pudesse explicar como, o facto é que, ao acordarem, numa bela manhã, o gato tinha desaparecido. O queijo continuava lá, mais belo do que nunca. Bastaria dar apenas uns passos para fora do buraco. Olharam cuidadosamente ao redor. Aquilo poderia ser um truque do gato. Mas não era! O gato tinha desaparecido mesmo.
Chegara o dia glorioso! E dos ratos surgira um brado retumbante de alegria. Todos se lançaram ao queijo, irmanados numa fome comum. E foi então que a transformação aconteceu! Bastou a primeira mordidela. Compreenderam, repentinamente, que os queijos de verdade são diferentes dos queijos sonhados. Quando comidos, em vez de crescer, diminuem. Assim, quanto maior for o número de ratos a comer o queijo, menor o naco para cada um. Os ratos começaram a olhar uns para os outros, como se de inimigos se tratassem. Olharam, cada um para a boca dos outros, para ver quanto queijo haviam comido. E os olhares se enfureceram…Arreganharam os dentes…Esqueceram-se do gato. Passaram a ser os seus próprios inimigos.
A luta começou! Os mais fortes expulsaram os mais fracos, à dentada. E, acto contínuo, começaram a lutar entre si. Alguns ameaçaram chamar o gato, alegando que só assim se restabeleceria a Ordem. O Projecto de Socialização do queijo foi aprovado nos seguintes termos:
“Qualquer pedaço de queijo poderá ser tomado dos seus proprietários, para ser dado aos ratos magros, desde que este pedaço tenha sido abandonado pelo dono”. Mas, como jamais rato algum abandonou um queijo, os ratos magros foram condenados a ficar à espera…
Os ratinhos magros, de dentro do buraco escuro, não podiam compreender o que tinha acontecido. O mais inexplicável era a transformação que se operara no focinho dos ratos fortes, agora donos do queijo. Tinham todo o estilo do gato, o olhar malvado, os dentes à mostra…
Os ratos magros não conseguiam perceber a diferença entre o gato de antes e os ratos de agora. E compreenderam, então, que não havia diferença alguma. Pois todo o Rato que fica Dono de Queijo torna-se Gato! Não é por acaso que os nomes são tão parecidos.
Fonte: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2006/06/356871.shtml, acessado em 07 de abril de 2010. 


Meu Primeiro Beijo - Antonio Barreto
É dificil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...
Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos:
" Você é a glicose do meu metabolismo.
Te amo muito!
Paracelso"
E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher...E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.
No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:
- Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida.
Mas ele continuou:
- Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:
- A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...
Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.
E de reperente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, o abismo do primeiro beijo.
Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por vária semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!
BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-6.


Eduardo E Mônica - Legião Urbana - Composição: Renato Russo
Quem um dia irá dizer/Que existe razão?/Nas coisas feitas pelo coração?/E quem irá dizer/Que não existe razão?/Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar/Ficou deitado e viu que horas eram/Enquanto Mônica tomava um conhaque/No outro canto da cidade, como eles disseram.../Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer/E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer.../Um carinha do cursinho do Eduardo que disse:/"Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir/"Festa estranha, com gente esquisita/"Eu não 'to' legal, não aguento mais birita/"E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais/Sobre o boyzinho que tentava impressionar/E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa/"É quase duas, eu vou me ferrar.../"Eduardo e Mônica trocaram telefone/Depois telefonaram e decidiram se encontrar/O Eduardo sugeriu uma lanchonete,/Mas a Mônica queria ver o filme do Godard/Se encontraram então no parque da cidade/A Mônica de moto e o Eduardo de camelo/O Eduardo achou estranho, e melhor não comentar/Mas a menina tinha tinta no cabelo/Eduardo e Mônica era nada parecidos/Ela era de Leão e ele tinha dezesseis/Ela fazia Medicina e falava alemão/E ele ainda nas aulinhas de inglês/Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus De Van Gogh/ e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud/E o Eduardo gostava de novela/E jogava futebol-de-botão com seu avô/Ela falava coisas sobre o Planalto Central/Também magia e meditação/E o Eduardo ainda tava no esquema "escola, cinema,clube, televisão"./E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente/Uma vontade de se ver/E os dois se encontravam todo dia/E a vontade crescia como tinha de ser.../Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia/Teatro, artesanato, e foram viajar/A Mônica explicava pro Eduardo/Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar.../Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer/E decidiu trabalhar/E ela se formou no mesmo mês/Que ele passou no vestibular/E os dois comemoraram juntos/E também brigaram juntos, muitas vezes depois/E todo mundo diz que ele completa ela/E vice-versa, que nem feijão com arroz/Construíram uma casa há uns dois anos atrás/Mais ou menos quando os gêmeos vieram/Batalharam grana, seguraram legal/A barra mais pesada que tiveram/Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília/E a nossa amizade dá saudade no verão/Só que nessas férias, não vão viajar/Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação/Ah! Ahan!/E quem um dia irá dizer/Que existe razão/Nas coisas feitas pelo coração?/E quem irá dizer/Que não existe razão!

TRAGÉDIA BRASILEIRA - Manuel Bandeira
Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade, conheceu Maria Elvira na Lapa, - prostituída, com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria.
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada disso: mudou de casa.
Viveram três anos assim.
Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.         
Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bonsucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos...         
Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de inteligência, matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

UMA DAS MARIAS - LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO, FOLHA DE SÃO PAULO, FOLHINHA)


Um dia, Maria chegou em casa da escola, muito triste.
— O que foi? — perguntou a mãe de Maria.
Mas Maria nem quis conversa. Foi direto para o seu quarto, pegou o seu Snoopy e se atirou na cama, onde ficou deitada, emburrada.
A mãe de Maria foi ver se Maria estava com febre. Não estava. Perguntou se estava sentindo alguma coisa. Não estava. Perguntou se estava com fome. Não estava. Perguntou o que era, então.
— Nada — disse Maria.
A mãe resolveu não insistir. Deixou Maria deitada na cama, abraçada com o seu Snoopy, emburrada. Quando o pai de Maria chegou em casa do trabalho a mãe de Maria avisou:
— Melhor nem falar com ela...
Maria estava com cara de poucos amigos. Pior. Estava com cara de amigo nenhum.
Na mesa do jantar, Maria de repente falou:
— Eu não valo nada.
O pai de Maria disse:
— Em primeiro lugar, não se diz “eu não valo nada”. É “eu não valho nada”. Em segundo lugar, não é verdade. Você valhe muito. Quer dizer, vale muito.
— Não valho.
— Mas o que é isso? — disse a mãe de Maria. — Você é a nossa querida. Todos gostam de você. A mamãe, o papai, a vovó, os tios, as tias. Para nós, você é uma preciosidade.
Mas Maria não se convenceu. Disse que era igual a mil outras pessoas. A milhões de outras pessoas.
— Só na minha aula tem sete Marias!
— Querida... — começou a dizer a mãe. Mas o pai interrompeu.
— Maria — disse o pai — você sabe por que um diamante vale tanto dinheiro?
— Porque é raro. Um pedaço de vidro também é bonito. Mas o vidro se encontra em toda parte. Um diamante é difícil de encontrar. Quanto mais rara é uma coisa, mais ela vale. Você sabe por que o ouro vale tanto?
— Por quê?
— Porque tem pouquíssimo ouro no mundo. Se o ouro fosse como areia, a gente ia caminhar no ouro, ia rolar no ouro, depois ia chegar em casa e lavar o ouro do corpo para não ficar suja. Agora, imagina se em todo o mundo só existisse uma pepita de ouro.
— Ia ser a coisa mais valiosa do mundo.
— Pois é. E em todo o mundo só existe uma Maria.
— Só na minha aula são sete.
— Mas são outras Marias.
— São iguais a mim. Dois olhos, um nariz...
—Mas esta pintinha aqui nenhuma delas tem.
— É...
— Você já se deu conta que em todo mundo só existe uma você?
— Mas pai...
— Só uma. Você é uma raridade. Podem existir outras parecidas. Mas você, você mesmo, só existe uma. Se algum dia aparecer outra você na sua frente, você pode dizer: é falsa.
— Então eu sou a coisa mais valiosa do mundo.
— Olha, você deve estar valendo aí uns três trilhões...
Naquela noite a mãe de Maria passou perto do quarto dela e ouviu Maria falando com o Snoopy:
— Sabe um diamante?

MEU IDEAL SERIA ESCREVER... RUBEM BRAGA


Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse - "ai, meu Deus, que história mais engraçada!" E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria - "mas essa história é mesmo muito engraçada!". 
Que um casal que estivesse em casa mal humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má-vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos. 
Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera a minha história chegasse - e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário do distrito, depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aquelas pobres mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse - "por favor, se comportem, que diabo! eu não gosto de prender ninguém!" E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história. 
E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, fosse atribuída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês em Chicago - mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse: "Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou por acaso até nosso conhecimento; é divina". 
E quando todos me perguntassem - "mas de onde é que você tirou essa história?" - eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: "Ontem ouvi um sujeito contar uma história..."! 
E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro. 

BRAGA, Rubem. As Melhores 200 Crônicas Escolhidas de Rubem Braga. Rio de Janeiro: Record, 1977.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

INÍCIO DO ANO LETIVO NA REDE PARTICULAR DE ENSINO

       Iniciou-se mais um ano letivo na rede particular de ensino do Estado de São Paulo, e uma confusão de sentimentos surge em nossas vidas: ansiedade, curiosidade, vontade e felicidade...
        Novos rostinhos, novos objetivos, novas vontades, rever alunos... são essas ações que marcam o primeiro dia de aula e quanto para realizar ao longo desse ano.
       Eu espero que todos consigam alcançar seus objetivos  e lembrando que 'nada cai do céu', tem que ir atrás, tem que ser responsável, organizado e sincero consigo próprio para que sempre colham bons frutos...
       Desejo à todos meus alunos e colegas professores que tenham um ótimo ano letivo repleto de realizações e emoções...

domingo, 27 de janeiro de 2013

Dicas de Redação


Dicas de redação

23/10/2012 - Por Sandra Lamego - Em Dicas 
Uma das etapas mais importantes tanto do Enem quanto de vestibulares, a redação é muitas vezes motivo de aflição para os candidatos. Sobre o que escrever? Quais termos devem ser evitados? A professora de língua portuguesa do sistema Ético e da Editora Saraiva,  Vera Lúcia Pereira dos Santos, dá dez dicas para você se sair bem nas provas.
Organize as ideias antes de começar a escrever
Fazer um roteiro pode ajudar o estudante a organizar as ideias. Este deve partir da situação-problema oferecida na prova. Depois, o aluno deve encontrar argumentos que defendam a sua opinião sobre o tema.
Cuidado com a gramática
Além de escrever de forma objetiva, o estudante deve tomar muito cuidado com o português. A professora alerta que saber acentuar, conhecer os preceitos de ortografia, os pronomes e verbos é essencial. Também é preciso ficar atento às regras de concordância verbal e nominal.
Evite expressões como “eu acho” e “eu penso”
As frases devem ser curtas, sem inversão de sequência de dados e opiniões com linguagens simples. Explore sua ideia e construa argumentos em cima delas.
Saiba cercar-se de fontes
Para fazer uma boa redação, o aluno pode escolher uma coletânea de textos e livros que o auxilie como referência. Mas cuidado: as frases não devem ser transcritas. A redação precisa ter autonomia em relação à proposta para que até um leitor que desconheça o tema do exame entenda.
Concilie tema e proposta
Independente de qual for a sua opinião sobre o assunto, é importante que ela seja defendida com sensatez. Mostre que compreendeu o tema e que sabe contextualizá-lo de maneira crítica e clara.
Evite fórmulas prontas
Existem pessoas que colecionam formas mágicas e técnicas que acabam em um texto de baixo nível ou sem noção de autoria. O ideal é utilizar termos claros e não tentar impressionar com expressões antigas. Seja simples e direto.
Tenha estilo próprio

É muito importante que a redação tenha um rosto próprio, uma marca. Desta forma, o texto será único.
Mantenha-se atualizado
Estar atento a tudo que está acontecendo é muito importante para enriquecer o repertório. Fique de olho nos principais fatos do País e do mundo.
Título e tema devem estar em sintonia
É muito comum o vestibulando ou concurseiro se desviar do tema quando escreve um título sem relação com a proposta pedida. O ideal é formulá-lo quando o texto já estiver pronto, assim ele conseguirá sintetizar tudo o que foi dito.
Fuja do “internetês”
Em uma redação, é fundamental utilizar a norma culta, portanto evite as abreviações e marcas de oralidade como “né” e “ok”. Preste atenção também a equívocos comuns como “mortandela” e “perca” (em vez de “perda”).

Atribuição de aulas Estado de São Paulo 2013

        Depois de algumas leituras achei importante partilhar esta informação referente à atribuição de aulas para professores no Estado de São Paulo. A seguir, coloquei o link para maiores e melhores informações. Boa leitura!!!!

http://www.educacao.sp.gov.br/noticias/duvidas-sobre-a-atribuicao-de-aulas-esclareca-as-aqui






sábado, 26 de janeiro de 2013

Volta às aulas...


      É MUITO ANSIEDADE PARA OS ALUNOS? É MUITA ANSIEDADE PARA NÓS TAMBÉM. PROFESSOR QUE SE PREZE SEMPRE FICA TAMBÉM ANSIOSO EM SABER COMO ESTÃO SEUS ALUNOS OU COMO SERÃO AQUELES QUE INICIARAM UM ANO LETIVO EM UMA NOVA ESCOLA, NOVA SALA E POR QUE NÃO DIZER EM ALGUMAS VEZES, UM NOVO ESTADO?!?!?!

      ABAIXO SEGUE UM TEXTO QUE ENCONTREI NO SITE www.educarparacrescer.com.br E PERCEBI QUE É INTERESSANTE DIVIDIR COM VOCêS... BOA LEITURA!!!

VOLTA ÀS AULAS

Professor: prazer em conhecê-lo!

No início do ano letivo, converse com os responsáveis pelo aprendizado de seu filho e dê o primeiro passo rumo a uma relação de confiança mútua


21/01/2013 15:39 
Educar
Foto: Aline Casassa
Foto: Pais e professores devem ser aliados na Educação das crianças e jovens!
Pais e professores devem ser aliados na Educação das crianças e jovens!

O professor terá um papel central na vida de seu filho durante este ano e é possível que fique em sua memória por toda a vida. Conhecer bem o professor de seu filho e vê-lo como um aliado na educação é uma tarefa vantajosa para todos os envolvidos e que começa com as aulas, na primeira reunião - caso não haja um encontro oficial, cabe a você marcá-lo.

Não se esqueça, ainda, de que o professor está ansioso para conhecer os alunos e seus pais nesse início de ciclo. "Assim como ele é uma figura nova na vida de cada família, as crianças também são novas para ele", observa a coordenadora Viviane Morotti Sousa Castro, que coordena a Educação Infantil e o Fundamental I do Colégio Objetivo - Unidade Embaré de Santos (SP), completando: "Humanizando essas relações, tudo fica mais fácil". 
Um começo de relação sólido evita futuros desentendimentos. Pais e professores que não entram em um acordo sobre as provas e a lição de casa, por exemplo, são uma receita para o desastre, sobretudo nos primeiros anos de vida escolar da criança - e, o pior, a grande prejudicada nessa história é a criança mesma. 
"Se os pais não confiam em nosso trabalho, é garantia de que haverá problemas ao longo do ano", alerta a professora Maria Aparecida de Paula Vieira Freitas, do Fundamental I da EMEF Alceu Amoroso Lima, de São Paulo. "É preciso ver o pai como um amigo, um aliado. E vice-versa", aconselha.