segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O TATARAVÔ DO FUTEBOL


Foram os chineses que inventaram o futebol há cerca de 4.500 anos. Se bem que o que eles jogavam naquele tempo era uma espécie de tataravô do futebol moderno. Nem era considerado um esporte, mas apenas um treinamento para soldados. Os chineses antigos deram ao seu jogo o nome de Kerami. Cada time tinha oito jogadores e as balizas eram feitas com varas de bambu fincadas no chão. O negócio era chutar a bola para além das estacas e marcar pontos. Ninguém queria saber de defender só atacar.
            O futebol continuou por muito tempo como treinamento para soldados. Foi assim na Grécia Antiga e também em Roma. Os jogadores gregos chutavam a bola feita com uma bexiga de boi cheia de areia. Coitados, seus pés deviam ficar doendo muito depois das partidas. Como eram soldados, não deviam ligar muito para isso.
            Foi apenas no século XVII que os ingleses conseguiram tirar o futebol dos militares, transformando-o em esporte. O campo media então 120 metros de largura por 180 de comprimento. Em cada uma de suas extremidades existiam dois postes de madeira chamados goal (a palavra gol vem do inglês goal). A bola já era de couro cheia de ar. Mas era um jogo praticado apenas pelos ricos, os nobres.
            Com o tempo, passou a ser praticado pelos alunos dos colégios internos. E era a maior confusão; cada colégio tinha as suas próprias regras e por isso não dava  para marcar partidas entre eles. O jeito era organizar a coisa. Na cidade de Cambridge, os alunos de várias escolas fizeram uma reunião para estabelecer um código único de regras que servisse para todos. Nascia assim o futebol moderno.

Folha de São Paulo – Folhinha

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