Gordo peru e lindo galo costumavam
empoleirar-se na mesma árvore. A raposa os avistou  certo dia e veio vindo contente, a lamber os
beiços como quem diz: “Temos petisco hoje!”.
Chegou. Ao avistá-la, o peru leva
tamanho susto que por um triz não cai da árvore. Já o  galo o que fez foi rir-se; e como sabia que
trepar à árvore a raposa não trepava, fechou os olhos  e adormeceu.
O peru, coitado, medroso como era,
tremia como varas verdes  e não tirava do
inimigo  os olhos.
— O galo não apanho, mas este peru
cai-me no papo já... — pensou consigo a raposa.  E começou a fazer caretas medonhas, a dar
pinotes, a roncar, a trincar os dentes, dando a 
impressão duma raposa louca. Pobre peru! Cada vez mais apavorado, não
perdia de vista um só  daqueles
movimentos. Por fim tonteou, caiu do galho e veio ter aos dentes da raposa
faminta.
— Estúpido animal! — exclamou o galo
acordando. Morreu por excesso de cautelas. Tanta  atenção prestou aos arreganhos da raposa,
tanto atendeu aos perigos, que lá se foi, cataprus...
Moral
da História: A prudência manda não atentar demais nos perigos.
LOBATO,
Monteiro. Fábulas. São Paulo: Brasiliense, 2005, p. 26-27.
Você já conhece a classe dos substantivos,identifique os que sofreram alteração e explique qual foi a mudança
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